Deltan Dallagnol foge de depoimento no Congresso Nacional

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa Lava Jato, em ofício, informou que não irá ao Congresso Nacional nesta terça-feira (9). A fuga do depoimento gerou críticas de deputados.

Pivô dos escândalos das mensagens trocadas pelo Telegram, Deltan relatou que vai se concentrar na esfera técnica de suas manifestações sobre mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil.

No documento enviado aos parlamentares nesta segunda-feira (8), ele disse não reconhecer autenticidade das mensagens que vêm sendo usadas para atacar a Operação Lava Jato.

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O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), perguntou “do que ele tem medo” e chamou Deltan de “fujão”.

“Dallagnol, o mesmo procurador que disse “AHA UHU O FACHIN É NOSSO”, que atuou para impedir entrevista de @LulaOficial e que não teve receio de interferir na política interna de outro país”, ressaltou o petista.

Economia

O Congresso não descarta convocar Deltan e, nesse caso, a presença dele seria obrigatória.

Leia a íntegra do ofício de Deltan:

“O Congresso Nacional é uma das Instituições mais relevantes em nossa democracia e corresponsável pela definição dos rumos do país, como um dos poderes da República. Como membro do Ministério Público, Instituição essencial à Justiça, tenho por função constitucional desempenhar trabalho de natureza técnica perante o Judiciário, outro poder, situação distinta daquela de agentes públicos vinculados ao Poder Executivo. Esse trabalho técnico consiste em investigar fatos e buscar a aplicação da lei penal de modo eficiente e justo, de acordo com a Constituição e com as leis, atividade funcional sujeita à apreciação do Poder Judiciário.

Diante disso, muito embora tenha sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional nos debates de natureza política que realiza e agradeça o convite para neles participar, acredito ser importante concentrar na esfera técnica minhas manifestações sobre mensagens de origem criminosa, cuja veracidade e autenticidade não reconhecemos, e que vêm sendo usadas para atacar a Operação Lava Jato.”