O presidente Jair Bolsonaro (PSL), por meio da ANVISA (Agência Nacional de Saúde Suplementar), em meio à pirotecnia da prisão de supostos hackers, autorizou aumento de até 7,35% na mensalidade dos planos de saúde individuais ou familiares.
A sacanagem vale para planos que fazem aniversário no período de maio de 2019 a abril de 2020.
LEIA TAMBÉM
Na USP, juristas pedem a libertação de Lula e renúncia de Moro
‘Hackers’ acusados de invadir celular de Moro são enviados para Brasília
Letrux pede ‘Lula Livre’ no Festival de Garanhuns em Pernambuco
Agora o cidadão –principal o mais idoso, o viúvo, o órfão e o deficiente– não terá direito previdenciário e muito menos à saúde com o aumento acima da inflação. Aliás, este é o 16º aumento acima da inflação desde 2003.
De acordo com a ANVISA, cerca de 8 milhões de pessoas têm planos de saúde individuais no país, o que representa 17% do total de clientes de convênios médicos.
Entretanto, Bolsonaro já tem um discurso pronto para justificar mais esse crime contra a economia popular: ‘foi obra do hacker.’
O diabo é que o aumento acima da inflação e dos salários –de até 7,35%– tira as famílias e os indivíduos dos planos de saúde, mas não os traz de volta ao sistema único de saúde porque este vem tendo sucessivos cortes no orçamento desde o golpe de Estado de 2016.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.