Prestígio de Moro e da Lava Jato desabam após revelações do Intercept


O ex-juiz e ministro da Justiça da Justiça, Sergio Moro, sempre contou com uma imprensa aliada que auxiliava a sua projeção para além das fronteiras do provinciano estado do Paraná. O então juiz foi até guindado a condição de heroi nacional no combate à corrupção. A operação Lava Jato seria o modelo de uma “justiça rápida e eficiente para todos, sem distinção de classe” entoava o coro coletivo da mídia lavajatista.

Porém as revelações do site The Intercept abalaram rápidamente a credibilidade do “mito”, que enfrenta uma avalanche de reprovações e críticas por sua conduta criminosa e irresponsável até entre os seus apoiadores, a começar pela mídia corporativa. Moro estampa as capas das principais revistas semanais do país, dessa vez ele é o alvo das críticas.

Moro conduzia os processos da  Lava Jato na época em que os diálogos divulgados pelo site teriam ocorrido e foi o responsável pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão, devido ao processo referente à propriedade de um apartamento triplex, localizado no balneário do Guarujá, no litoral de São Paulo, um imóvel que nunca pertenceu ao líder petista.

Os diálogos mostram que Moro orientava os procuradores nas acusações, nos processos que ele mesmo julgaria posteriormente, o que é proibido por lei.

Alguns diálogos divulgados indicam que Moro chegou a orientar como a força-tarefa deveria proceder com a imprensa para rebater as argumentações da defesa do ex-presidente. Moro era titular da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) e teria ajudado a construir a estratégia da imprensa para fazer frente ao que chamou de “showzinho da defesa” do petista.

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