Moro irá depor terça-feira na Câmara

Em destaque, ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Foto: Pedro França/Agência Senado.
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, irá depor na Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (25) em sessões conjuntas das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e de Direitos Humanos e Minorias.

A ida do ministro foi proposta pelos deputados Marcio Jerry (PCdoB-MA) e Rogério Correia (PT-MG), vice-líderes dos respectivos partidos.

O ex-juiz da Lava Jato também é esperado na quarta (26) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, conforme divulgou mais cedo o Blog do Esmael.

Moro é convidado e, por isso, não é obrigado a comparecer em nenhuma das comissões. Entretanto, caso falte, os deputados podem entender que foram desrespeitos de convocá-lo –aí ele seria obrigado a comparecer e falar somente a verdade.

Desde o último dia 9, o site The Intercept Brasil tem publicado mensagens trocadas entre Moro e o procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que lançam suspeitas sobre a imparcialidade do então juiz Moro na operação.

Rogério Correia alega que as mensagens divulgadas mostram que Moro orientou os procuradores da República em diversas fases da Lava Jato, o que não é permitido por lei, ferindo o princípio da imparcialidade previsto na Constituição Federal e no Código de Ética da Magistratura.

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“Nas mensagens o então juiz federal foi muito além do papel que lhe cabia. Moro sugeriu ao procurador que trocasse a ordem de fases da Lava Jato, cobrou agilidade em novas operações, deu conselhos estratégicos e pistas informais de investigação, criticou e sugeriu recursos ao Ministério Público e deu broncas em Dallagnol como se ele fosse um superior hierárquico dos procuradores e da Polícia Federal”, critica Correia.

Acerca das reportagens do Intercept

O combate à corrupção era feito com métodos corruptos, fora da lei, segundo revelou o site The Intercept ao Brasil e ao mundo.

1- juiz e acusação afastaram e escalaram procuradores para o caso Lula;

2- eles combinaram estratégia comum [julgador e MPF] para agravar a situação de acusado;

3- eles vazaram seletivamente para a velha mídia com a finalidade de prejudicar uma das partes;

4- eles protegeram político do PSDB que não queriam melindrar e, portanto, proteger de seus rigores midiáticos; e

5- aliás, eles faziam o plano de mídia conjuntamente contra adversários políticos e adversários.

Com informações da Agência Câmara