Gilmar Mendes sobre Lava Jato: Juiz não pode ser chefe de força-tarefa

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (11), durante julgamento sobre o recebimento de denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra parlamentares do PP no âmbito da Lava Jato, que “juiz não pode ser chefe de força-tarefa”.

Ao votar contra o recebimento da denúncia, o ministro avaliou que a acusação pelo crime de organização criminosa contra quatro parlamentares da cúpula do PP se baseou em fatos já arquivados em outros processos.

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Por esse motivo, Gilmar Mendes afirmou que os elementos na denúncia não poderiam ser acolhidos pela Segunda Turma do STF, “pelo menos enquanto se tratar de Corte de Justiça”.

“A não ser que haja tribunais destinados a condenar nesse modelo de colaboração que se está a desenvolver, em que juiz chefia procurador. Não é o caso desta Corte, não á o caso deste colegiado. Juiz não pode ser chefe de força-tarefa”, acrescentou em seguida.

Reportagens publicadas no último domingo (9) pelo site The Intercept Brasil mostra que o ex-juiz federal e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, direcionava o procurador da República Deltan Dallagnol na Lava Jato – o que é considerado ilegal pela Constituição brasileira.

Com informações da Agência Brasil

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