Caso Moro emperra a reforma da previdência

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, após a divulgação de conversas pelo site The Intercept, virou o novo entrave objetivo para o prosseguimento da reforma da previdência no Congresso.

Num dos trechos de diálogo travado pelo ex-juiz da Lava Jato e o procurador Deltan Dallagnol, do Ministério Público Federal do Paraná (MPF), fica claro que eles planejavam aniquilar toda a classe política.

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Dallagnol – 16:01:03 – Caro, favor não passar pra frente: (favor manter aqui): 9 presidentes (1 em exercício), 29 ministros (8 em exercício), 3 secretários federais, 34 senadores (21 em exercício), 82 deputados (41 em exercício), 63 governadores (11 em exercício), 17 deputados estaduais, 88 prefeitos e 15 vereadores […].

Moro – 18:32:37 – Opinião: melhor ficar com os 30 por cento iniciais. Muitos inimigos e que transcendem a capacidade institucional do mp e judiciário.

Pois bem, os congressistas sabem que se votarem favoravelmente pelo fim da aposentadoria primeiro serão defenestrados por sua base política e depois, conforme o script, pela Lava Jato. Afinal, é o ministro Moro quem comanda a Polícia Federal e outros órgãos de coerção.

Economia

O Ministro da Justiça, de estrela, se transformou em dor de cabeça para o governo de Jair Bolsonaro (PSL) e aos interesses dos bancos e da mídia corporativa (Globo, Estadão, Folha, et caterva). Por isso Sérgio Moro foi colocado na frigideira em fogo baixo. Até surgirem os novos vazamentos do Caso Moro previstos pelo Intercept.

Pelo sim pelo não, governadores estão em Brasília nesta terça-feira (11) para testemunhar o enterro da finada reforma da previdência. Amém.