Os militares terão como primeira baixa no governo Jair Bolsonaro (PSL) um militar. Trata-se do general Carlos Alberto dos Santos Cruz. Ele perdeu a batalha para os “olavistas” e deixará o comando da Secretaria de Governo da Presidência da República. A exoneração foi negociada.

Santos Cruz, cuja pasta é responsável pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (SECOM), foi duramente torpedeado pelo guru e astrólogo Olavo de Carvalho e por seus seguidores, dentre os quais o próprio presidente e os filhos de Bolsonaro (Carlos, Eduardo e Flávio).

Além da disputa pela questão ideológico, de rumo da comunicação, também pesou a destinação dos recursos para órgãos de comunicação. O militar defendia critérios técnicos para a distribuição de verbas publicitárias do governo. Entretanto, os olavistas pensam que o dinheiro da área deve ser aplicado somente na imprensa aliada.

Na prática, a ala obscurantista vencedora desse embate acredita na tese segunda qual a “terra é plana” e defende que é preciso radicalizar o discurso contra a oposição e minorias.

Mesmo com a queda de Santos Cruz, o Palácio do Planalto ainda agasalha outros três generais com status de ministros: Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Otávio Rêgo Barro (porta-voz) e Floriano Peixoto (Secretaria-Geral).

Esmael Morais

Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.