Xico Sá não perdoa Bolsonaro: o limite é o Mobral

O jornalista Xico Sá, articulista no El País, detona o corte de verbas nas universidades públicas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo o colunista do jornal espanhol, ‘a ideia de governo é que ninguém passe do Mobral, o movimento brasileiro de alfabetização criado pela Ditadura, uma espécie de anticartilha Paulo Freire.’

O texto de Xico Sá compara a luta do movimento universitário de 1964, na ditadura, ao obscurantismo atual no governo Bolsonaro.

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“A universidade pública vivia sob ataque permanente desde 1964. O que a nova ordem bolsonarística põe em prática não tem ainda a violência militar de forma explícita, mas o golpe nas verbas é um dos maiores da história. Corta, corta, corta”, escreve.

O quase-manifesto do jornalista em defesa da universidade pública chama de “mesquinhez [ato] de castigar o ensino em nome do nada, pior, em nome do ódio a quem aprende, pesquisa e colabora com o desenvolvimento do país.Triste quem acha que governa na lousa do ressentimento. Esse quadro de borrões fascistas é a visão de um desmaio patriótico.”

Economia

“Tristes trópicos obscurantistas, donde muita gente boa largou de vez a ideia da coisa pública e, mesmo formado nas velhas universidades federais ou estaduais de guerra, agora defende o não-acesso, o muro. Que gente é essa?”, lamenta.