Prisão de Lula fere qualquer norma jurídica internacional, diz sindicalista estadunidense

O primeiro contato entre Lula e o sindicalista Stanley Gacek aconteceu em 1980, quando o estadunidense veio ao Brasil acompanhado de uma comitiva internacional em defesa da liberdade do então metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, preso injustamente pela Ditadura Militar por liderar a histórica greve geral do ABC.

38 anos depois, ele seria pego de surpresa com uma nova prisão política que o faria retornar ao Brasil para denunciar ao mundo a perseguição sofrida pelo agora amigo brasileiro. Nesta quinta (30), ambos se reencontraram pela primeira vez dentro da sede da Polícia Federal em Curitiba.

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“Ele tinha ironicamente mais liberdade naquela época da primeira prisão política do que tem agora. Por isso, temos que lutar para mudar ainda mais a narrativa internacional e manter a luta por Lula livre”, reiterou Stanley, acompanhado do presidente da CUT, Vagner Freitas, em seu terceiro encontro com Lula no cárcere político.

Stanley, que é dirigente da Federação UFCW, organização que representa 1,6 milhão de trabalhadores nos EUA e no Canadá, voltou a afirmar algo que parece claro para todos aqueles que levam a sério todos os mandamentos da lei: “A prisão de Lula é uma perversão diante de qualquer norma jurídica internacional. E isso significa também que é preciso confrontar estas decisões da justiça”.

Freitas tem posição semelhante e transmitiu aos militantes o que o próprio Lula lhe disse sobre a atuação de parte do judiciário na tentativa de incriminá-lo . “Esta é terceira vez que venho aqui e espero que seja a última. E novamente Lula falou sobre a perseguição política contra ele, sobre o fato de ter sido impedido de disputar as eleições e continua perguntando para o Sérgio Moro: qual é a prova que você tem contra mim?

Economia

O líder da CUT fez um relato de tudo o que está acontecendo no Brasil, falou sobre as manifestações em defesa da educação e recebeu do ex-presidente a missão de transmitir mensagem ao povo brasileiro. “O presidente mandou uma mensagem de esperança e indignação e para que a gente continue a fazer os enfrentamentos. Ele não quer somente a liberdade. Ele quer ter provada a sua inocência e estar junto na luta para interromper esta operação construída para entregar a economia brasileira aos interesses internacionais”, revelou.

Assista à entrevista:

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Publicado por Lula em Quinta-feira, 30 de maio de 2019

As informações são do PT