Nos EUA, empresas desistem de patrocinar homenagem a Bolsonaro

A imagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) não anda nada boa na terra do Tio Sam. A rede de TV norte-americana CNBC divulgou ontem (30) a informação de que três empresas que figuravam entre as patrocinadoras de um evento da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos que vai homenageá-lo como “Pessoa do Ano” retiraram seus apoios. A cerimônia de entrega da premiação está marcada para ocorrer em 14 de maio, em Nova York.

Esse fato marca mais um revés para o evento, que tem sido cercado por polêmicas desde que Bolsonaro foi anunciado como homenageado.

Segundo a CNBC, a companhia aérea Delta, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times desistiram de associar suas marcas ao presidente brasileiro.

A reportagem da TV norte-americana destacou que os patrocinadores do evento têm sofrido pressão de ativistas por causa do histórico de declarações racistas, homofóbicas e misóginas de Bolsonaro.

Antes da saída dos patrocinadores, o evento já havia sofrido pelo menos dois reveses. O Museu de História Natural de Nova York e o restaurante Cipriani Hall negaram ceder seus espaços para sediar a cerimônia de premiação após terem sido alvo de protestos.

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Por fim, os organizadores conseguiram alugar um espaço em um hotel da rede Marriott na Times Square. Mas, de acordo com a CNBC, a rede hoteleira também vem sendo alvo da pressão de ativistas e críticos do presidente.

Em uma carta enviada à direção da rede Marriott, o senador democrata de Nova York Brad Hoylman pediu que a empresa reconsiderasse o aluguel do espaço, alegando que Bolsonaro é um “homofóbico perigoso e violento, que não merece uma plataforma pública de reconhecimento em nossa cidade”.

“O único prêmio que Bolsonaro merece é o de ‘intolerante do ano'”, disse.

Com Informações da DW