Manuela D’Ávila: Unidade ampla contra retrocessos

A ex-candidata a vice-presidenta na chapa com Fernando Haddad (PT), Manuela D´Ávila (PCdoB), esteve ontem no Armazém do Campo do MST em São Paulo para autografar seu livro Revolução Laura. Ela falou sobre sua experiência de maternidade em campanha,e defendeu a ampliação da unidade para enfrentar o retrocesso do governo Bolsonaro.

Manu enfatizou que é preciso reforçar a presença militante nas redes, no meio digital. “A internet é um ambiente de assembleia popular permanente.”

Para ela, não pode haver diferenciação entre o combate à desigualdade e o combate à discriminação contra mulheres, negros e LGBTs, ainda mais atingidas pela diminuição de políticas públicas.

“A gente precisa lutar pelo nosso direito de continuar lutando. Precisamos colocar a questão da democracia no epicentro.” Segundo ela, não é possível mudar o país “sem envolver as mulheres que são mães”.

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Não pode ser apenas uma luta de “autoafirmação”. “Precisamos voltar a ser maioria do povo. A gente precisa restabelecer nossa capacidade de disputar consciências”, afirmou, enfatizando a importância de “construção de unidade mais ampla contra os retrocessos”. “Não vai barrar nada no Congresso se não tiver luta na rua.”

Economia

Depois de citar Luiz Inácio Lula da Silva como “o melhor presidente que o país já teve”, Manuela observou que o cenário é de perda veloz de conquistas históricas. “Até a ditadura teve um projeto, diferente do nosso, de educação pública. Agora, é criança sem escola”, diz a mãe de Laura.

Segundo ela, o valor arrecadado com a venda do livro vai para o instituto E Se Fosse Você?, criado para combater fake news e manifestações de ódio em redes sociais. Nesta quarta-feira (8), ela estará em Juazeiro do Norte e no Crato, no interior do Ceará.

Aberto há quase três anos pelo MST, o Armazém do Campo vende alimentos in natura e industrializados vindos de áreas originadas da reforma agrária, como assentamentos, incluindo produtos orgânicos. “A luta dos sem-terra é uma das mais urgentes dos nossos dias”, afirmou Manuela. “E comprova que é possível produzir (orgânicos) em grande escala.”

As informações são da Rede Brasil Atual.