A TV Globo levou ao ar esta tarde história do seu Carlos Alberto, 69 anos, morto ontem (20) no Rio por falta de atendimento no INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad).
O paciente esperava por atendimento havia 9 anos, mas não resistiu porque a prótese do fêmur que ele precisa trocar infecionou. Ele era o número 40 de uma fila de 12.500 pacientes no hospital.
O INTO culpou denúncias da operação lava jato que, segundo a Globo, dificultam o hospital de encontrar fornecedores de próteses.
Em junho de 2018, o então diretor do INTO foi preso e a instituição de saúde ficou 8 meses sem direção.
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Em abril passado, entrevistado pela Globo, seu Carlos Alberto desabafou:
“Eu queria que tudo mundo tivesse sua resposta na medida certa, que fosse cuidado como ser humano. Não quero ser apenas estatística.”
O drama do seu Carlos Alberto terminou ontem, mas, infelizmente, ele acabou virando apenas estatística –algo que temia mais do que a própria morte.
A Defensoria Pública da União afirma que pedirá a responsabilização civil do INTO pela morte de seu Carlos Aberto.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.