Lava jato belisca sistema bancário

A lava jato bateu à porta do sistema bancário pela segunda vez em 20 dias. Na manhã desta terça (28), no Rio, agentes da Polícia Federal cumpriram dois mandados de prisão contra gerentes do banco Bradesco.

No dia último 8 de maio, em São Paulo, a 61ª fase da operação teve como alvo o Banco Paulista SA. A força-tarefa prendeu três funcionários da instituição financeira, além de cumprir 41 mandados de busca e apreensão também no Rio de Janeiro e Porto Alegre.

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Pois bem, hoje juiz Marcelo Bretas determinou a prisão dos gerentes do Bradesco e de um doleiro que não foi encontrado. O Ministério Público Federal acusa o esquema de lavar R$ 1 bilhão por meio da lavanderia do sistema bancário.

Aliás, não é de hoje que críticos da lava jato apontam que os casos de corrupção e lavagem de dinheiro seriam “crimes impossíveis” sem a ajuda e a leniência dos grandes banqueiros nacionais. Lembremos o que falavam há um ano e meio os ex-senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Roberto Requião (MDB-PR). Eles denunciaram suposta blindagem da força-tarefa ao sistema financeiro, sobretudo ao ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Será que a lava jato ficará só na beliscadinha ou vai aprofundar as investigações?

Economia

“Isto [a investigação] seria extremamente benéfico para a economia brasileira, já que os grandes bancos privados do país são apenas sugadores de recursos do setor produtivo mediante a cobrança de taxas e juros rigorosamente estratosféricos e nada contribuem para o desenvolvimento do país”, disse à época Requião. Atualíssimo, portanto.