Estudantes apontam o caminho da rua para derrotar Bolsonaro

“Educação não é esmola, o Bolsonaro tira a mão da minha escola”, com essa palavra de ordem milhares de secundaristas dos Colégio Pedro II, do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFRJ), do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), da Fundação Osório e do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp-UFRJ) iniciavam na última segunda-feira (6) um novo ciclo de protestos estudantis, que logo ganharia dimensão nacional.

O protesto dos secundaristas cariocas desatou uma onda de manifestações por todo país, contagiando outros setores vinculados ao sistema educacional. Manifestações de estudantes universitários reuniram também milhares nas ruas de Salvador, Niterói, Curitiba e em capitais nordestinas contra o criminoso corte de verbas das universidades e institutos federais

Como nas multitudinárias manifestações das jornadas de junho de 2013, o polo mais dinâmico do atual movimento são os coletivos estudantis e os grupos formados e mobilizados via redes sociais por cursos e campi universitários. Porém, há uma diferença fundamental com aquele movimento, agora a reivindicação tem um alvo e um foco comum: os cortes de verbas da Educação feitos pelo governo Bolsonaro.

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A retomada das ruas pelos estudantes indica um caminho para o conjunto dos movimentos sociais na luta para derrotar a agenda neoliberal e antidemocrática do bolsonarismo, estimulando o difuso desejo de revolta de amplos segmentos afetados pela razia do governo de milicianos, generais e tribunais.

O protagonismo dos estudantes nas ruas orienta para uma resistência ativa e de massas, impulsionada a partir das demandas concretas da população. Somente a mobilização social será capaz de criar uma muralha política para deter e derrotar o projeto da extrema-direita em curso.

Economia

Portanto, para o PT (e ao conjunto da esquerda) cabe o mergulho profundo na agenda de mobilizações do mês de maio, participando de forma vigorosa dos protestos de rua, estimulando desde da base a ação militante e lado a lado dos setores sociais mobilizados realizar o necessário exercício da disputa de rumos políticos no interior do movimento.

Na rota de acumulação de força política e organizativa, temos dois momentos importantes da agenda de resistência ativa, além da mobilização estudantil, a greve nacional em defesa da educação desta quarta-feira (15) e a preparação da greve geral de 14 de junho.

Mais uma vez, como diziam os jovens franceses da geração de 1968, a beleza está nas ruas…