Bolsonaro e Witzel fazem no Rio um necrotério a céu aberto

Reprodução.
A licença para matar tácita concedida pelo governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), e pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), fizeram do Rio de Janeiro um necrotério a céu aberto neste primeiro trimestre de 2019.

Segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP), 434 pessoas perderam a vida nesses primeiros cem dias do ano em virtude da intervenção policial. É um recorde batido de 20 anos atrás, de 1998.

Witzel e Bolsonaro estimulam a violência praticada por policiais toda vez que elogiam execuções, condecoram e declaram sua opção pela necropolítica –a política da morte– como solução para problemas sociais no Rio e no País.

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O próprio ministro da Justiça, Sérgio Moro, que deveria ser mais zeloso com a questão da vida humana, também propôs em seu Projeto de Lei Anticrime, em fevereiro, a tal “excludente de ilicitude” –repetida como mantra por Bolsonaro– que amplia as previsões do que seria legítima defesa.

Para azedar de vez o arroz doce, isto é, estimular a violência geral, recentemente o presidente da República defendeu que a licença para matar –cujo sinônimo é excludente de ilicitude– fosse estendida aos fazendeiros, que poderiam atirar para matar supostos invasores de suas terras e não seriam punidos pelo crime.

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