Weintraub ‘passa o rodo’ em todo 1º escalão do MEC


O recém-empossado ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou, na tarde desta quarta-feira (10), a nomeação de quatro novos secretários e de um novo secretário-executivo (segundo cargo na hierarquia) para a pasta. Uma mudança completa no primeirão escalão do MEC.

Em um comunicado divulgado pela assessoria de imprensa, o ministério afirmou que “o presidente da República, Jair Bolsonaro, deu carta branca para Weintraub escolher todo o seu primeiro escalão”. Na terça, nas cerimônias de posse e transmissão de cargo, o novo ministro disse que não é radical e que é capaz de entregar resultados.

Até as 15h desta quarta (10), os cargos de presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e diretor da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb) do Inep seguiam vagos.

O Inep é a autarquia do MEC que realiza o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que fica sob a responsabilidade da Daeb.

Veja o perfil dos nomes dos novos secretários do MEC:

– Antonio Paulo Vogel de Medeiros – secretário-executivo do MEC: Tem graduação em economia e direito e pós-graduação em administração financeira. É auditor de finanças e controle desde 1998. Participou do grupo de transição do governo de Jair Bolsonaro e atuava como secretário-executivo adjunto da Casa Civil – Weintraub, o novo ministro, era o secretário-executivo da Casa Civil.

Economia

– Rodrigo Cota – secretário-executivo adjunto do MEC: Tem graduação em administração de empresas e pós-graduação em relações e negócios internacionais. É analista de comércio exterior do Ministério da Economia, onde ocupava atualmente o cargo de diretor de Programas da Secretaria Executiva.

– Janio Carlos Endo Macedo – secretário de Educação Básica (SEB): Tem graduação em direito e MBA em formação geral para altos executivos. É funcionário aposentado do Banco do Brasil, onde foi gerente e diretor geral, além de diretor-presidente da BB Previdência. Antes de ser nomeado para o MEC, atuava na Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital. A SEB estava sem secretário definitivo depois do pedido de demissão de Tânia Leme de Almeida, em 25 de março.

– Arnaldo Barbosa de Lima Junior – secretário de Educação Superior (Sesu): Tem graduação em economia internacional e comércio exterior e cursa um MBA em economia e gestão. É analista técnico de políticas sociais e, segundo o MEC, foi um dos autores da reforma do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), em 2017. Já atuou nos ministérios do Planejamento e Fazenda, além de ter sido conselheiro fiscal de diversos bancos públicos. É diretor de Seguridade na Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe).

– Silvio José Cecchi – secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres): Tem graduação em biomedicina e é o único da lista de nomeados que já havia atuado no ministério da Educação. Entre 2016 e 2018, durante o governo de Michel Temer, foi diretor de Desenvolvimento da Educação em Saúde da Sesu e também secretário da Seres.

– Ariosto Antunes Culau – secretário de Educação Profissional e Tecnológica (Setec): Tem graduação em economia e pós-graduação em finanças empresariais, administração pública e políticas públicas e governo. É servidor público do Ministério da Economia e foi secretário de Planejamento do governo do Rio Grande do Sul e superintendente do Tesouro Estadual do governo de Goiás. Antes de ir para o MEC, era secretário de Gestão Corporativa do Ministério da Economia.