MP-PR quer vender objetos de luxo apreendidos do tucano Beto Richa

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu à Justiça para que objetos de luxo apreendidos do ex-governador do estado Beto Richa (PSDB) sejam vendidos.

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Óculos de sol, relógios, joias e canetas estão entre os itens apreendidos no dia 19 de março, quando Beto Richa foi preso pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Quadro Negro, que investiga desvio de aproximadamente R$ 20 milhões na Educação.

O MP-PR pede para que os objetos sejam avaliados e, então, vendidos em leilão.

“No bojo do cumprimento foram apreendidos, entre outros, relógios, canetas, óculos escuros, abotoaduras, cinto, correntes, pulseira e anel, muitos de renomeadas marcas, pertencentes ao senhor CARLOS ALBERTO RICHA, que, acredita-se, tenham razoável valor de revenda”, diz trecho do pedido feito por promotores do MP-PR na terça-feira (9).

Segundo o MP-PR, como até o momento as finanças paranaenses não foram ressarcidas com o prejuízo causado com o desvio das verbas destinadas à construção de escolas, a apreensão desses bens – mesmo que não tenham sido adquiridos com valores provenientes de práticas ilícitas – deve ser mantida para que eles sejam vendidos e que o valor seja enviado aos cofres públicos.

Economia

“É sabido, em verdade, que todos estes bens, decorrente da manutenção que demandam, são bens cuja depreciação econômica é natural pelo simples decorrer do tempo, sendo, portanto, necessária à sua alienação cautelar antecipada para evitar maiores prejuízos a todos os envolvidos”, diz outro trecho do pedido.

O ex-governador tucano, que já esteve preso 3 vezes, é réu na Operação Quadro Negro. Ele responde a mais de uma ação penal referente à essa operação, sendo acusado de crimes como organização criminosa, corrupção passiva e obstrução de investigação.

Com informações do G1