Efeito Bolsonaro: Prévia da inflação acelera e atinge 4,71% em 12 meses


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial, aumentou de 0,54% em março para 0,72% neste mês e já é a mais alta taxa para o mês de abril desde 2015 (1,07%). No ano, o IPCA já soma 1,91%, e em 12 meses atinge 4,71%, o maior desde março de 2017 (4,73%), segundo pesquisa sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgada nesta quinta-freira (25) pelo IBGE.

Os aumentos nos preços dos grupos Transportes e Alimentação e bebidas foram os que mais contribuíram para o aumento da inflação.

Os combustíveis subiram 3%, com destaque para a gasolina, que aumentou 3,22% e representou o maior impacto individual de abril (0,14 ponto percentual). O etanol (2,74%) e diesel (1,06%) também subiram.

O IBGE apurou ainda elevação de 1,04% na tarifa de ônibus urbanos, que teve reajuste em várias regiões, assim como trem (3,05%) e metrô (0,68%). Com isso, o grupo Transportes passou de 0,59%, em março, para 1,31%.

O segundo maior impacto do mês, de 0,07 ponto, veio do tomate, que subiu 27,84%. Outros itens com alta, segundo o instituto, foram carnes (1,55%) e frutas (3,36%), cada qual contribuindo com 0,04 ponto para a taxa geral. A cebola passou de -0,34% para 13,44%, enquanto no caminho inverso a batata inglesa foi de 25,59% para 6,10% e feijão carioca, de 41,44% a -2,38%. O grupo Alimentação e Bebidas subiu menos (de 1,28% para 0,92%).

Em Saúde e Cuidados Pessoais, a variação foi de 1,13%, puxada pelo item higiene pessoal, com alta de 2,61% e impacto de 0,07 ponto percentual. Apenas os perfumes tiveram aumento de 6,94%, ante 0,49% no mês passado. Os remédios também subiram, 0,72%.

Economia

Outro aumento foi do item energia elétrica: 0,58%, acima de março (0,43%). O item encanado variou 0,84% e a taxa de água e esgoto, 0,47%. O grupo Habitação teve alta de 0,36%.

O único grupo com deflação neste mês foi Comunicação (-0,05%), devido ao item telefone fixo (-0,29%). O correio teve alta de 2,19%.

Entre as regiões pesquisadas, oito das 11 áreas tiveram índices maiores em abril. O menor foi o de Goiânia (-0,01%) e o maior, de Porto Alegre (1,27%). Na região metropolitana de São Paulo, o IPCA-15 foi de 0,56% para 0,72%, acumulando 4,75% em 12 meses.

*Com informações da Agência Brasil