O dia 29 de abril marca a passagem de quatro anos do massacre do Centro Cívico em Curitiba. Neste dia, em 2015, o então governador Beto Richa (PSDB) ordenou o ataque da Polícia Militar contra milhares de professores e servidores estaduais que se manifestavam em frente à Assembleia Legislativa do Estado.
O Centro Cívico virou uma praça de guerra. Bombas lançadas de helicópteros, tiros de borracha, gás lacrimogêneo… O massacre deixou mais de 200 servidores feridos.
Os deputados votavam o confisco do fundo de previdência dos servidores do Paraná. Algumas semanas antes, já com medo dos manifestantes, os governistas usaram um camburão da Polícia Militar para entrar na Assembleia. Nascia a “Bancada do Camburão”.
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Agora, o gabinete militar, que cuida segurança da Assembleia Legislativa, recomendou que os deputados adotem medidas de segurança para acessar a Assembleia. Em especial, na próxima segunda-feira, dia 29 de abril.
O Major Robson Luiz Selleti sugeriu que os parlamentares entrem na Assembleia pelo portão do Tribunal de Justiça (TJ-PR). “Sugestionando aos senhores Parlamentares que caso prefiram, acessem pelo Tribunal de Justiça do Paraná cuja entrada estará liberada para as autoridades”, diz o ofício.
Um governo que já começa com sua base tendo que se esconder do povo e dos servidores, não começa bem. Com a palavra, Ratinho Junior e a nova “Bancada do Camburão”.
Com informações do Bem Paraná.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.