O governador do Paraná Ratinho Junior (PSD) marcou alguns pontinhos com o pessoal do PT e com os brasileiros ao ceder a aeronave do governo do estado para que o ex-presidente Lula pudesse acompanhar neste sábado (2) o velório de seu neto, Arthur Araújo Lula da Silva, em São Bernardo do Campo (SP).
Arthur, de apenas 7 anos, faleceu nesta sexta-feira (1) em decorrência de uma meningite.
“Fiz o que ele e qualquer outro faria no meu lugar. É apenas um gesto de solidariedade para um ex-presidente”, disse o governador do Paraná ao ser perguntado pela imprensa sobre quais os motivos que o levaram a colocar o avião à disposição da PF para transportar o petista.
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Na contramão do nobre gesto do governador do Paraná, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que é filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), liberou todo o seu ódio numa postagem nas redes sociais dizendo que o ex-presidente Lula não deveria ser autorizado a ir ao velório do neto e que se isso acontecesse só deixava “o larápio em voga posando de coitado”.
A declaração do filho do presidente pegou muito mal até entre seus apoiadores.
Nesta manhã, Eduardo Bolsonaro tentou amenizar as coisas fazendo uma outra postagem nas redes sociais na qual afirmou ser contra a saída temporária de Lula, mas que considera a morte da criança um fato “lamentável e indesejável”.
O deputado demonstrou desumanidade porque como advogado deveria saber que o ex-presidente, assim como qualquer outro preso, tem o direito assegurado em lei de dar o último adeus à parentes próximos. Direito que lhe foi negado no mês passado quando faleceu o seu irmão Genival, o Vavá.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.