Mulheres ocupam mineradora de níquel na Bahia

Militantes do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) ocuparam uma unidade da mineradora australiana Mirabela Nickel em Ipiaú (BA) nesta sexta-feira (8).

O objetivo, segundo Camila Mudrek, uma das organizadores do protesto, foi denunciar o descaso e a violência do modelo mineral brasileiro contra as mulheres; tanto as trabalhadoras como as comunidades vizinhas aos projetos.

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As mulheres também denunciaram os riscos de contaminação do Rio de Contas, que abastece a região e fica localizada a menos de 1 km da barragem de rejeitos.

“Ocupamos a mina da Mirabela Nickel porque a empresa vem de um processo longo de crise administrativa, tendo fechado sua operação por quase de 3 anos (desde 2016) devido à baixa no valor do níquel no mercado internacional.”

“A mineradora retoma suas atividades em 2019 com novas promessas de emprego e lucros para a região, mas nos perguntamos quanto desses empregos beneficiarão as mulheres, ou se o modelo mineral seguirá em perspectiva de ações destrutivas e excludentes”, diz Mudrek.

Economia

A ação fez parte da jornada de luta das mulheres da Via Campesina. “Nós do MAM e do MST trouxemos as palavras de ordem em memória de Marielle, do combate à reforma da Previdência e pelo fim da violência contra mulher também, por entender a importância de ações solidárias organizadas em nível nacional”, conclui a organizadora.

As mulheres deixaram a empresa horas depois da ocupação.

As informações são do Brasil de Fato.