A Fundação Nacional do Índio (Funai) vem atuando com cerca de um terço de sua força de trabalho, uma situação-limite no atual Governo, que contingenciou em 90% o orçamento previsto na Lei Orçamentária.
A falta de funcionários atinge toda a instituição, mas é nas estruturas mais descentralizadas que a situação é mais grave.
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Em regiões de intensa disputa fundiária nos processos por demarcação e altos índices de violência, é comum que o quadro de pessoal conte com apenas um servidor.
Na região de Caarapó, ao sul do Mato Grosso do Sul, palco de conflitos intensos entre fazendeiros e indígenas Guarani-Kaiowá, uma única servidora da Funai atende 10.000 indígenas, trabalhando dentro do carro.
De acordo com um levantamento feito com dados de 2017 pelo ex-servidor do órgão Helton Soares dos Santos, em trabalho apresentado na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), 101 das 240 CTLs da Funai contavam com menos de dois servidores ativos. Destas, 22 não contavam com nenhum servidor ativo no período analisado.
As informações são do El País e da Agência Pública.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.