EUA buscam pretexto para intervenção militar Venezuela, denunciam russos

Os Estados Unidos buscam pretexto para uma intervenção militar na Venezuela e derrubar Nicolás Maduro.

Um desses instrumentos para a ingerência no país caribenho chama-se Juan Guiadó, autoproclamado presidente com o apoio aberto dos norte-americanos.

“Anuncio à Venezuela meu regresso ao país e o apelo a mobilizações em todo o território nacional para esta segunda-feira e terça-feira”, escreveu no Twitter.

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Caso Guaidó cruze a fronteira, muito provavelmente, será preso pelas forças armadas bolivarianas por determinação judicial.

Concomitantemente, pela CNN, o assessor de Segurança da Casa Branca, John Bolton, adiantou que trabalha por uma coalizão ampla para derrubar Maduro.

Economia

“Gostaria de ver uma coalizão tão ampla quanto for possível juntar para substituir Maduro, para substituir todo o regime corrupto. Isso é o que estamos tentando fazer”, disse o assessor.

Mas é aí que a porca torce o rabo, pois a Rússia assumiu o papel de irmã mais velha da Venezuela. Sob a tutela de Vladimir Putin, o território venezuelano pode se tornar pantanoso para eventuais tropas militares estadunidenses.

“Nos preocupa muito que os EUA possam realizar provocações para que seja derramado sangue (na Venezuela), encontrando assim uma desculpa para intervir”, considerou neste domigo (3) a presidente da Câmara Alta do Parlamento russo, Valentina Matviyenko, após reunir-se com a vice-presidente venezuelana Delcy Rodríguez.

Segundo o governador de Táchira, Freddy Bernal, a direita venezuelana aliada a grupos estadunidenses estariam preparando fake news (falso positivo) sobre hipotético ataque bolivariano contra a Colômbia.

“Eu tenho informações diretas dos oficiais da Polícia Nacional da Colômbia que vem outros ataques pela fronteira colombiana-venezuelana e estão tentando montar o falso positivo [fake news] der que é a Venezuela que vai atacar a Colômbia”, disse Bernal.

Para a Rússia, uma eventual agressão dos EUA à Venezuela representaria uma clara violação do direito internacional e dos estatutos da ONU — o que respaldaria uma resposta militar de Putin.

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