Em SP, ‘Caminhada do Silêncio’ fará homenagem aos mortos e desaparecidos na ditadura

Familiares de mortos e desaparecidos durante a ditadura, anistiados políticos e organizações de direitos humanos farão neste domingo (31), em São Paulo, uma caminhada silenciosa em memória das vítimas da ditadura militar. Os manifestantes se concentram a partir das 16h, na Praça da Paz, no Parque do Ibirapuera.

Após programação cultural, os manifestantes saem em caminhada silenciosa em direção ao Monumento pelos Mortos e Desaparecidos Políticos, que fica ao lado do parque. Participantes ficarão em vigília até a 0h do dia 1º.

As organizações que promovem a caminhada do silêncio esperam uma adesão ainda maior da população aos atos após polêmica criada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que autorizou os quartéis a celebrar o golpe que derrubou João Goulart em 31 de março, apesar de as próprias Forças Armadas sugerirem comedimento. Durante a semana, a hashtag #DitaduraNuncaMais figurou entre as mais comentadas do Twitter, com mensagens em reação às declarações do presidente.

No sábado (30), em São Paulo, ocorrerá também o 6º Ato Unificado Ditadura Nunca Mais, nas dependências do antigo DOI-CODI. O prédio, que fica na Rua Tutoia, zona sul paulistana, é considerado o maior centro de tortura e extermínio do período da ditadura. Hoje, abriga uma delegacia policial.

Organizado pelo Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça (CPMVJ) e o Núcleo de Preservação da Memória Política (NM), além de relembrar as vítimas do DOI-Codi – 52 pessoas mortas nas suas dependências ou por seus agentes, segundo a Comissão Nacional da Verdade (CNV) –, os manifestantes reivindicam que o local seja transformado em centro de memória.

 

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