Pegou muito mal à Polícia Federal de proibir o ex-presidente Lula de acenar ao povo que estava no velório do neto Arthur, 7 anos, morto em decorrência de uma meningite.

Na cerimônia de cremação, no cemitério de São Bernardo do Campo (SP), o petista foi contido por um delegado da PF quando retribuía acenado ao carinho de populares que gritavam “Lula! Lula! Lula!”

O delegado da PF repreendeu o ex-presidente: “O senhor sabe que não devia ter feito isso”.

Lula ainda retrucou: “O senhor sabe que eu devia”.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou o delegado da PF que proibiu o acendo de Lula. “Já procurei na Constituição, no Código Penal e na Lei de Execução Penal e não achei tal pena ou proibição. Ele não poderia sequer agradecer aos gestos de solidariedade e carinho. Até onde vai o delírio dessa gente?”, tuitou.

“Hoje vi um policial abaixar a mão de um homem de 73 anos, desarmado, que acenava para o povo. É aí que você reconhece o poder de alguém. Enquanto outros precisam se esconder atrás de armas para se afirmarem, o tempo inteiro”, protestou a internauta Maria Aparecida Rezende, via Twitter.

Os protestos seguiram nas redes sociais. “Policial empurra a mão do presidente Lula que abanava para as pessoas que se solidarizavam com ele, pela morte do neto de 7 anos! Desumano é pouco para resumir essa turma do Moro!”, indignou-se um militante digital identificado como Milton.

O atento jornalista Leonardo Attuch, do Brasil 247, observou o detalhe no “uniforme” do policial que escoltou Lula com metralhadora: “Miami Police, SWAT”.

Assista ao vídeo:

Esmael Morais

Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.