“Coletes amarelos’ voltam às ruas no 20º sábado de protestos na França


Os “coletes amarelos” voltaram às ruas da França neste sábado (30), no vigésimo fim de semana de mobilização, reunindo mais de cem mil manifestantes em todo país, segundo os organizadores do protesto. O Ministério do Interior estimou em pouco mais de 40 mil o números de manifestantes.

Após os distúrbios no Champs-Elysées de Paris em 16 de março, a polícia da capital francesa voltou a proibir os protestos na famosa avenida, bem como num perímetro incluindo o Palácio do Eliseu e a Assembleia Nacional.

Duas manifestações e quatro locais de concentrações de coletes amrelos ocuparam o centro de Paris para protestar contra as políticas neoliberais de cortes sociais e ajustes fiscais do governo de Emmanuel Macron.

“Emmanuel Macron, idiota, vamos pegá-lo em casa”, cantavam dezenas de “coletes amarelos”. Os manifestantes seguiram então em direção à praça do Trocadéro.

Muitos colaram seu título de eleitor rasgado em seus coletes, poucas semanas antes das eleições europeias de maio.

Em Bordeaux (sudoeste), um dos redutos deste movimento social sem precedentes e onde o centro da cidade foi, como há várias semanas, proibido aos “coletes amarelos”, o novo prefeito Nicolas Florian decretou um dia de “cidade morta”, dizendo-se “muito preocupado com o que poderia acontecer”.

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A prefeitura mencionou a presença anunciada de “centenas de ‘black blocs'”.

Em Avignon (sul), a prefeitura, que teme a presença de “grupos militantes violentos”, proibiu qualquer manifestação ou reunião das 8h às 23h, dentro da cidade e em vários eixos periféricos.

Em Saint-Etienne (centro-leste), Toulouse (sudoeste), Epinal (leste) e Rouen (noroeste), as prefeituras também proibiram manifestações para evitar a violência e vandalismo.

Em Lille (norte), a prefeitura proibiu “manifestações e comícios” em “algumas ruas do centro”, permitindo, no entanto, uma “rota alternativa”.

*Com informações da AFP