Campanhas por ‘Lula Livre’ e ‘Marielle Vive’ unificam esquerda e oposição a Bolsonaro


O Encontro Nacional Lula Livre, realizado no sábado (16) em São Paulo, unificou os partidos de esquerda e os movimentos sociais na nova fase da Campanha pela liberdade do ex-presidente Lula. Nesta semana, as últimas revelações sobre o assassinato de Marielle, com a participação de milicianos próximos aos familiares de Bolsonaro, aproximou os dois movimentos.

O Encontro Nacional Lula Livre, que reuniu mais de mil ativistas de todo o país, partidos políticos (PT, PSOL, PCdoB, PCO) lideranças sindicais, do movimento negro, jornalistas, militantes de 300 Comitês Lula Livre, representou uma aliança prática entre a esquerda política e o ativismo social para enfrentar a agenda do governo de extrema-direita de Bolsonaro.

“A pauta Lula Livre, assim como Marielle Vive, se tornou uma síntese de muitas vontades políticas: democracia, igualdade e resistência. Ela estará presente na luta contra o desmonte da Previdência e nos próximos passos da luta da classe trabalhadora”, disse Carla Vitória, secretaria do Comitê Nacional Lula Livre.

Segundo ela, um dos principais objetivos do encontro é promover a organização de Comitês Estaduais no próximo período, assim como tirar uma agenda conjunta de lutas para a Jornada Mundial Lula Livre, que acontece entre 7 e 10 de abril deste ano, marcando o aniversário de um ano da prisão do ex-presidente.

“A nossa luta é pela democracia e pela justiça. E só vamos alcançar esses objetivos defendendo os direitos do povo e a soberania nacional, porque foi contra estes valores que deram o golpe e interferiram na eleição. Foi para entregar nossas riquezas e reverter as conquistas sociais. Que os comitês Lula Livre tenham isso bem claro e atuem cada vez mais na sociedade, nas redes, nas escolas e nas ruas”, disse o ex-presidente em carta lida durante o encontro.

O evento reuniu os principais representantes da esquerda e dos movimentos sociais do país, entre eles: Fernando Haddad, candidato do presidencial do PT, Guilherme Boulos, do PSOL, Manuela D’Àvila, do PCdoB, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, Juliano Medeiros, presidente do PSOL, Jandira Feghali, do PCdoB, o ex-senador Roberto Requião e os presidentes da CUT e da CTB. Além de João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

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