A ordem é privatizar o Carnaval, segundo a Paraná Pesquisas

O instituto Paraná Pesquisas, “a pedidos”, divulgou levantamento favorável à privatização do Carnaval no país.

Antes de tudo, alguma consideração: o Carnaval é bem imaterial dos brasileiros, cano de escape social e elemento fundamental à liberdade de expressão.

Dito isto, vamos ao levantamento que veio à tona nesta sexta-feira (1º), véspera da folia do Rei Momo.

LEIA TAMBÉM
O presidente e a vice, José de Abreu e Maria do Rosário, farão pronunciamento à Nação

De acordo com a Paraná Pesquisas, 85,8% concordam em reduzir investimentos na festa mais popular do mundo para supostamente investir em saúde, educação, infraestrutura, etc.

O diabo é que o discurso de áreas prioritárias não bate com a realidade objetiva, pois, reiteradamente, governos federal, estaduais e municipais têm diminuído o orçamento desses serviços ditos essenciais e deixado a população à mingua.

Economia

As administrações se renderam ao neoliberalismo econômico cujo objetivo se resume a economizar para produzir a desgraça do ‘superávit primário’ visando o pagamento de juros da dívida interna. Para isso corroboram o parlamento, o judiciário e o executivo. Os bancos privados riem e povo sofre, portanto.

O Carnaval é raro momento em que o pagão e o divino se misturam, onde a indignação santa se confunde com irreverência do povo. Exemplo disso foi o politizado desfile no ano passado da Paraíso da Tuiuti, no Rio, que desceu o sabugo no “Vampirão Neoliberalista” e na sua satânica reforma trabalhista. Enfim, uma festa recheada marcada pela crítica social.

Voltemos à Paraná Pesquisas.

O instituto garante que 72,6% dos entrevistados querem o Carnaval totalmente patrocinado pela inciativa privada, qual seja, de acordo com a sondagem, a folia tem de ser privatizada.

Crendiospai, nem a festa os abutres perdoam!

Nenhuma surpresa para quem [Bolsonaro] prometeu privatizar até os cemitérios…