O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro (PSL), disse que não quer ir à Câmara falar sobre a espionagem do GSI contra a Igreja Católica.
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O general esteve no velório do jornalista Ricardo Boechat nesta ter-feira (12) e disse à imprensa que não iria à Câmara se fosse convidado, só se fosse obrigado a ir.
Ele não quer comentar as ações da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) de espionagem contra membros da Igreja Católica.
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Um evento está causando calafrios no general. É o Sínodo sobre a Amazônia; que é um ciclo de debates com lideranças da Igreja de todo o mundo.
O Sínodo vai discutir a realidade de índios, ribeirinhos e demais povos da Amazônia. Também serão debatidos o problema do desmatamento, as mudanças climáticas e os conflitos de terra na região.
O General Heleno afirmou que possíveis críticas vindas do Vaticano seriam interferência em assuntos internos do Brasil.
Mas esse é o mesmo governo que ameaça invadir a Venezuela. Dois pesos, duas medidas.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.