EUA querem intervir militarmente na Venezuela por causa do petróleo, diz Maduro

As recentes ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de realizar uma ação militar contra a Venezuela são sinais do desejo de controlar os recursos naturais do país, especificamente o petróleo, denunciou nesta terça-feira (26) o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em entrevista à rede de televisão norte-americana ABC News.

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“Os Estados Unidos querem o petróleo da Venezuela e estão dispostos a ir para a guerra por isso”, disse o presidente

O chefe de Estado explicou que o governo dos EUA criou uma série de falsas acusações sobre a realidade da Venezuela para “justificar uma intervenção militar”.

“Estão construindo pretextos, crises humanitárias, violação dos direitos humanos, falta de democracia e devem ajudar o povo venezuelano com os fuzileiros navais para bombardear”, alertou, ao refletir o que aconteceu no Iraque, país invadido pelos EUA após denunciar a existência, sem provas, de armas de destruição em massa.

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Maduro também falou sobre a tentativa da oposição de entrar no país, no último final de semana, com uma suposta ajuda humanitária à Venezuela enviada pelos EUA.

“O que o governo de Donald Trump está enviando não é nem ajuda, nem é humanitário, o que eles querem é petróleo, a guerra pelo petróleo, o que eles querem é a nossa riqueza. A intenção real é controlar e dominar o país “, sublinhou.

O presidente bolivariano ambém disse que a postura do presidente dos EUA em relação à Venezuela se dá por causa de conselhos errados de atores políticos extremistas como John Bolton (Conselho de Segurança), Mike Pompeo (secretário de Estado), Mike Pence (vice-presidente dos EUA) e Elliot Abraham (enviado especial de Trump para assuntos com a Venezuela).

“Eu acho que essas pessoas estão assessorando muito mal o presidente Trump sobre as questões da Venezuela”, disse o presidente.

Maduro chamou o presidente dos EUA para conhecer a realidade venezuelana. Ele expressou sua disposição de respeitar e falar e apertar a mão de Trump, uma maneira de evitar conflitos e chegar a acordos em favor de ambos os países. Da mesma forma, mencionou estar preparado para dialogar novamente com a oposição e chegar a acordos como a antecipação das eleições legislativas.

No entanto, o presidente ratificou sua disposição para defender a soberania da Venezuela e a revolução bolivariana.

Com informações da Agência Venezuelana de Notícias