O ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, deve dar explicação de suas movimentações financeiras atípicas ao Ministério Público do Rio (MP-RJ) por escrito. Informa nesta quarta-feira (30) o jornal O Globo.
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Com o depoimento por escrito, Queiroz evita possíveis contradições que poderiam surgir em um depoimento presencial.
O ex-assessor já foi convidado duas vezes a depor, mas faltou, alegando razões de saúde.
Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o ex-assessor do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) movimentou R$ 7 milhões em sua conta em três anos.
O MP-RJ suspeita que os assessores do gabinete de Flávio eram obrigados a devolver parte do salário a Queiroz, que posteriormente repassava ao parlamentar.
Em entrevista ao SBT, Queiroz justificou a movimentação financeira dizendo que comprava e revendia carros, mas a explicação não será apresentada formalmente na investigação.
A mulher e as filhas de Queiroz, que trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro e fizeram depósitos na sua conta bancária, também devem apresentar as justificativas por escrito.
O MP-RJ considera que não há prejuízos para a investigação em ouvi-los desta forma.
A apuração está suspensa por decisão liminar do STF, mas deverá ser retomada após o fim do recesso do Judiciário, na sexta. A tendência é que o relator do caso, ministro Marco Aurélio, mantenha a investigação com o MP-RJ.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.