PT cobra agilidade do Judiciário e do Ministério Público no caso Queiroz-Bolsonaro

A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), destacaram, logo após reunião com deputados e senadores da legenda, nesta segunda-feira (21), que o partido espera celeridade na posição do Judiciário e do Ministério Público sobre os escândalos que envolvem a família Bolsonaro e Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), acusados de receberem depósitos sem origem identificada em suas contas correntes.

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A senadora Gleisi Hoffmann questionou o silêncio do ex-juiz Sérgio Moro, especialmente sobre as denúncias contra Bolsonaro e Queiroz. Conforme Gleisi, Jair Bolsonaro (PSL) se elegeu criticando o PT por corrupção.

“Ele disse que iria acabar com a corrupção. Colocou o Moro, algoz do presidente Lula no Ministério da Justiça, pra dizer que uma das principais bandeiras seria o combate à corrupção. Eles têm que explicar isso à sociedade, tem que abrir o que está acontecendo e todos precisam ser investigados”, cobrou a parlamentar acerca das denúncias de corrupção que atingem Queiroz e Flávio Bolsonaro.

Gleisi aproveitou para lembrar que fizeram um grande conluio a fim de impedir Lula de disputar a eleição em outubro, além de acusarem o PT de corrupto.

“Agora, chegam ao governo e dão um tapa na cara do povo brasileiro? Isso precisa ser investigado. É preciso investigar para sabermos realmente se há um posicionamento de combate à corrupção, pois até agora o que Moro fez foi palavrório”, disse a senadora.

Economia

Paulo Pimenta alertou aos jornalistas que as denúncias contra Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz já foram divulgadas há mais de 30 dias. O líder criticou que ninguém das famílias Queiroz e Bolsonaro foi ouvido.

“A pergunta que fazemos é a seguinte: se essa denúncia envolvesse alguém do Partido dos Trabalhadores, teria sido essa mesma postura do Ministério Público Federal? Haveria esse mesmo silêncio do juiz Sérgio Moro, do Deltan Dallagnol [procurador da Lava Jato], do [juiz] Marcelo Bretas? Alguém acredita que a maneira como as autoridades estão investigando seria a mesma? É evidente que há um sentimento de impunidade, de proteção”, compara o líder petista.

Segundo o líder do PT, por conta da morosidade da justiça e do Ministério Público, não está descartada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para tratar do tema.

“Se não tivermos outro caminho, se percebermos que eles não vão investigar, que estão fazendo um jogo de proteção à família ‘metralha’, não nos resta outra alternativa que não seja o mecanismo para que a verdade possa aparecer”, adianta Pimenta.

Com informações do PT na Câmara