A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou nesta segunda-feira (28) o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção passiva em um desdobramento da Operação Lava Jato.
LEIA TAMBÉM:
Direita “inteligente” pede renúncia de Flávio Bolsonaro
Raquel Dodge acusa o parlamentar do recebimento de R$ 1,5 milhão em troca da autuação política para aprovação de uma medida provisória favorável à empreiteira Odebrecht.
Apesar de a denúncia ter sido oferecida ao Supremo, a procuradora pediu à Corte que o caso seja remetido para a primeira instância da Justiça Federal em Brasília. Lúcio não foi reeleito e perderá direito ao foro privilegiado no STF a partir de sexta-feira (1º), quando os novos deputados federais tomarão posse em Brasília.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), a vantagem indevida recebida por Lúcio Vieira Lima foi acertada com ex-diretores da Odebrecht para que a Medida Provisória (MP) 613/2013, que tratou do regime especial de tributação da indústria química, fosse aprovada nos termos pretendidos pela empresa.
As acusações foram feitas com base nos depoimentos de delação premiada do ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e mais três delatores, que também foram denunciados.
Lúcio Vieira Lima é irmão do ex-deputado Geddel Vieira Lima (MDB-BA), ex-ministro do governo de Michel Temer (MDB) que está preso desde setembro de 2017 após a Polícia Federal (PF) ter achado R$ 51 milhões em espécie em um imóvel ligado a ele.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.