E agora Bolsonaro?

“Aquela cadeira queima”, advertiu recentemente o ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu, em entrevista ao Blog do Esmael, ao falar do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Pois bem, hoje (1º) toma posse o capitão reforma do Exército com o desafio de não se ‘queimar’ no exercício da Presidência da República. Ele assume o cargo daqui a pouco, às 15h, cuja cerimônia prevê desfile em carro aberto e a tradicional subida de rampa no Palácio do Planalto.

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Quando Dirceu alertou que “aquela cadeira queira” ele se referia, por óbvio, às expectativas do eleitorado com Bolsonaro. Segundo o Datafolha, 65% dos brasileiros esperam um governo bom ou ótimo — abaixo do otimismo dos governo Lula e Dilma.

O diabo é que o tempo máximo de duração da lua de mel entre governo e povo é de seis meses, no caso de Bolsonaro, eleito sob o signo da desconfiança com os políticos.

Entretanto, conforme o próprio Bolsonaro anuncia, o remédio será bastante amargo para a sociedade. Ele propõe divertir os brasileiros com temas polêmicos (casamento gay, kit gay, armamentos, etc.), ou seja, enquanto distrai a atenção também vai arrochar direitos dos trabalhadores e vender parte da soberania nacional (petróleo, bancos públicos, aviação, Base de Alcântara, dentre outros).

Economia

Se com Michel Temer já era ruim, com Bolsonaro será uma tragédia ainda maior do ponto de vista civilizatório. O retrocesso previsto é de 100 anos em todos os campos da vida social brasileira.