Bolsonaro assume prometendo mais retrocessos ao Brasil

Daqui a pouco, às 15h, Jair Bolsonaro (PSL) assumirá a presidência da República com a promessa de mais retrocessos para os trabalhadores brasileiros.

A agenda do futuro presidente tem contornos de extrema-direita com pitadas de neoliberalismo jamais vistos antes. Essa combinação moral e econômica nunca deu certo em nenhuma parte do mundo.

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No campo moral, Bolsonaro defende proibição de casamento gay (uma vontade essencialmente privada) e acabar com a escola sem partido (para impor o pensamento único do lumpensinato?).

Enquanto a choldra se diverte com o falso debate moralista, Bolsonaro pretende liquidar mais direitos do povo e concentrar mais a riqueza nas mãos de poucos ricos.

Na agenda econômica, que é o que realmente interessa, consta a privatização de estatais; Banco Central independente (mas dependente do sistema financeiro privado?); fim da aposentadoria e instituição da capitalização (reforma da previdência); fim do subsídio do crédito para empreendedores (será atividade eminentemente privada); garantia do “estoque de mão de obra” (desemprego alto) para manter salários baixos; enfim, a restauração do laissez-faire (fundamento do liberalismo) tal qual era no Brasil na República Velha, antes da Revolução de 1930, portanto, um retrocesso de 100 anos.

Economia