Tchau, querido Magno Malta; Bolsonaro deixa bancada evangélica na mão

Magno Malta (PR-ES) está de despedida do Senado. Ele não foi reeleito e ainda não conseguiu o emprego de ministro no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Magno Malta, se não conseguir o novo emprego, terá de voltar para Vitória porque ele perdeu a eleição para um candidato que era gay assumido na disputa pelo cargo no estado do Espírito Santo.

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Além da fama de “oportunista” entre os mais próximos do capitão reformado do Exército, homofóbico entre os ativistas de direitos humanos, Magno é malvisto entre os generais e a frente política.

Há uma série de denúncias contra o parlamentar capixaba, dentre as quais aquela de tortura do cobrador Luiz Alves de Lima, acusado por Malta, quando este presidia a CPI da Pedofilia, em 2009, de ter estuprado a própria filha.

Após 9 meses na prisão, o ex-cobrador de ônibus em Vitória ficou cego de um olho em virtude das torturas policiais que sofreu [segundo a vítima, a mando de Magno Malta]. Em 2016, a Justiça o absolveu porque conseguiu provar com laudos médicos a integridade do hímen da filha.

Economia

Pois bem, Bolsonaro não cede à pressão da bancada evangélica — sobretudo do pastor Silas Malafaia – para nomear Magno Malta, agora um sem mandato.

Bolsonaro enrola a bancada evangélica, que se achava forte; sonhava indicar o Ministro da Educação, bateu na trave; pleiteou o Ministério da Cidadania, também gorou; agora luta pela alma penada de Magno Malta, um passivo político.

Uma saída para a bancada evangélica, se quiser cargo no governo do ‘Coiso’, seria indicar um novo nome para o Ministério. Mas é bom correr porque falta pouquíssimas vagas…