A Segunda Turma do Tribunal Superior Eleitoral (STF) poderá, finalmente, libertar o ex-presidente Lula nesta terça-feira (4).

O colegiado formado por cinco ministros — Ricardo Lewandowski (presidente), Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Edson Fachin — examinará novo pedido de habeas corpus da defesa do petista.

Advogados de Lula alegam suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, que teria perdido a imparcialidade ao ser indicado como futuro ministro da Justiça no governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL).

A favor do ex-presidente Lula militam a tentativa de a lava jato botar “canga” nos magistrados do STF, a exemplo do julgamento do indulto de Natal, e a ida de Moro para um cargo político, após condenar e manter preso o petista.

Na véspera do exame do habeas corpus a mídia também buscou convencer o ex-presidente Lula de que seria um “bom negócio” ele aceitar uma tornozeleira eletrônica e a prisão domiciliar.

Lula é mantido preso político há 8 meses na Polícia Federal de Curitiba. Ele cumpre pena antecipada de 12 anos e um mês numa controversa condenação, sem provas, no caso do tríplex de Guarujá (SP). O ex-presidente teria direito de recorrer em liberdade, mas foi negado esse direito durante o processo eleitoral deste ano.

Esmael Morais

Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.