Queiroz, o espectro que assombra a família Bolsonaro


O amigo da família e ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício José Carlos Queiroz, que foi flagrado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) com movimentação financeira suspeita de R$ 1,2 milhão, segue desaparecido e tem depoimento no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) marcado para a próxima sexta-feira (28).

Ele já faltou a dois depoimentos convocados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, alegando súbitos problemas de saúde.

Queiroz operava um esquema de repasses de recursos de “funcionários fantasmas” nos gabinetes da família Bolsonaro, tanto na Assembleia Legislativa do Rio quanto na Câmara Federal. O relatório do Coaf revelou que ele recebia depósitos sistemáticos de nove funcionários lotados no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Assim que recebia os depósitos, ele fazia saques em espécie em diversas agências bancárias do Rio de Janeiro.

Ainda conforme o relatório, o ex-assessor repassou R$ 24 mil para Michelle Bolsonaro, futura primeira-dama. Sobre este pagamento, o presidente eleito afirmou que era a quitação de um empréstimo de R$ 40 mil feito por ele a Queiroz. Bolsonaro só não explicou porque precisou fazer um empréstimo a um funcionário que movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta e também por que não declarou ao Imposto de Renda o dinheiro recebido.

Enquanto Queiroz não aparece, o país aguarda as explicações do velho amigo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Ambos serviram juntos no 8° Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista, em 1984.

O espectro de Queiroz assombra a família Bolsonaro às vésperas da posse presidencial.

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