Ministério Público quer ouvir agora Flávio Bolsonaro


O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) quer ouvir agora o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Em nota, o MP-RJ disse que vai enviar oficio à presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sugerindo o comparecimento do deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro para prestar esclarecimentos .

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, foi convocado para depor nesta sexta-feira (21) e faltou novamente ao depoimento. A defesa usou como argumento uma “inesperada crise de saúde” e a necessidade de realização de exames médicos de urgência.

Apontado pelo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) por movimentações financeiras suspeitas, Queiroz recebia da Assembleia Legislativa um salário de R$ 8.517 e acumulava rendimentos mensais de R$ 12,6 mil da Polícia Militar. Ele foi exonerado do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj em outubro.

Leia a íntegra da nota do MPRJ:

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atribuição Originária em Matéria Criminal (GAOCRIM/MPRJ), comunica que o advogado do investigado Fabrício José Carlos Queiroz compareceu à sede do MPRJ, nesta sexta-feira (21/12), às 14h, para informar que seu cliente “precisou ser internado na data de hoje, para realização de um procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente comprovado, posteriormente, através dos respectivos laudos médicos”. A defesa se comprometeu a apresentar os referidos laudos até o dia 28/12.

O MPRJ esclarece que dando prosseguimento às investigações será enviado oficio ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) sugerindo o comparecimento do deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro, no dia 10/01, para que preste esclarecimentos acerca dos fatos.

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Outras diligências serão realizadas, incluindo a oitiva dos familiares do investigado Fabrício Queiroz, no dia 08/01, e dos assessores da ALERJ, em data a ser designada.

Por fim, o MPRJ esclarece que alguns parlamentares citados no relatório do COAF procuraram, voluntariamente, a instituição para manifestar interesse em apresentar seus esclarecimentos.