Existe uma anedota segunda qual existe a Justiça do Paraná e a Justiça do resto do Brasil. Dito isto, o judiciário paranaense liberou uma página no Facebook, excluída na eleição, por disseminar notícias falsas sobre Fernando Haddad (PT) e o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) durante a campanha.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), filho do ‘Coiso’, comemorou a decisão pelo Twitter:
“Discurso de ódio, fake news e etc. apenas servem como pano de fundo para ‘fundamentar’ derrubadas de páginas —frequentemente de direita. O melhor controle da mídia é uma população bem informada”, disse o filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
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A Justiça do Paraná determinou que o Facebook reabite a página “Agora Força Brasil” que em setembro reproduziu notícia adulterada do site G1 afirmando que Wyllys confirmava convite de Haddad para assumir o ministério da Educação, caso o petista fosse eleito.
O objetivo era gerar “efeito catarse” com a fake news haja vista que na campanha discutia-se o “kit gay nas escolas” (outra notícia falsa das páginas ligadas à direita) e “escola sem partido” (também falso debate na educação).
A decisão que obriga o Facebook recolocar a página no ar é da a juíza substituta Maria Silvia Cartaxo Fernandes Luiz, da 3ª Vara Cível de Curitiba. Ela concordou com o dono da página que argumentou ter removido ‘por vontade própria e sem qualquer notificação por parte do Facebook’ e ‘tentou retirar a postagem da matéria’.
A página do “Agora Força Brasil” afirma que tinha um milhão de seguidores, mas, em virtude da exclusão, estaria perdendo seguidores.
Discurso de ódio, fake news e etc apenas servem como pano de fundo para "fundamentar" derrubadas de páginas – frequentemente de direita. O melhor controle da mídia é uma população bem informada.https://t.co/pXALTeE3Kj
— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) 25 de dezembro de 2018
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.