Em Paris, ‘coletes amarelos’ prometem uma “revolução permanente” para 2019

Milhares de “coletes amarelos” voltaram a ocupar  as ruas de diversas cidades da França neste sábado (29), na sétima jornada consecutiva de protesto, contra a política de desmonte social e de retirada de direitos do presidente Emmanuel Macron. Concentrações ocorreram em Paris, Marselha, Nantes, Bordeaux e Roen.

Durante os protestos predominaram a palavras de ordem exigindo a demissão do presidente Macron, o fim das políticas de ajuste fiscal e de desmonte da rede de proteção social.

O movimento iniciado em meados do mês de novembro promete uma forte mobilização para janeiro. “Todos devem entender que não vamos parar”, assegurou à AFP Thierry, de 51 anos, um mecânico que denuncia uma divisão muito desigual da riqueza na França.

“Queremos recuperar poder adquisitivo e que nossa palavra conte na tomada de decisões”, assegurou Priscillia Ludosky, uma das figuras conhecidas do movimento após impulsionar uma bem-sucedida petição contra o aumento do preço do combustível.

Alguns “coletes amarelos” também planejaram se manifestar na véspera do Ano Novo, durante a qual são esperadas várias concentrações de manifestantes na Champs-Élysées.

Os “coletes amarelos” são organizados de forma horizontal e realizam assembleias públicas para decidir sobre os rumos do movimento, que surpreendeu o establishment político francês, os partidos de esquerda e o movimento sindical.

Economia

Os coletes amarelos prometem uma jornada permanente de mobilizações até a derrubada do presidente Emmanuel Macron e de suas políticas para 2019.

*Com informações de Agências