Bolsonaro é um Collor piorado

A ideia não é estragar a ceia de Natal, mas que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) tem um jeitão do ex-presidente Fernando Collor de Mello — impichado em 1992 — isto tem.

“A principal semelhança está no estilo de campanha hipersonalizado e sem mediação partidária: ambos foram candidatos de micropartidos”, escreve Marcus André Melo, professor titular de ciência política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em artigo na Folha.

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Os mais velhos já assistirem este filme de Bolsonaro, mais collorido, há 25 anos quando o “caçador de marajás” chegou à Presidência da República prometendo acabar com a corrupção, levar o Brasil ao primeiro mundo e dar 70 virgens para aqueles que acreditassem nas privatizações (a propaganda da época comparava o Estado a um elefante, pois, pesado) e no liberalismo total.

Ligado ao Instituto Millenium, entidade que articula o pensamento da velha mídia, o articulista ainda vê outra semelhança importante entre os dois presidentes: “Bolsonaro como Collor ataram suas próprias mãos com seu discurso antipartidário de campanha”, afirma Marcus André Melo.

Nos anos de 1990, na primeira eleição direta pós-redemocratização, Collor entusiasmou a maioria dos brasileiros que quase cegamente apoiava as medidas. Hoje, segundo o Datafolha, o otimismo com Bolsonaro é tanto que bateu no céu. Nem Jesus Cristo era tão popular quanto o ‘Coiso’ o é.

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