53 ex-militares são condenados por crimes cometidos durante ditadura no Chile

A Justiça do Chile condenou nesta segunda-feira (3) 53 ex-agentes da ditadura de Augusto Pinochet por envolvimento na execução de nove membros do Partido Comunista do Chileno em 1976.

Já no Brasil, estamos prestes a viver um período em que a própria ditadura militar será negada como fato histórico.

LEIA TAMBÉM: ‘Lei Bolsonaro’ vai punir políticos que espalharem ‘fake news’ no Chile

De acordo com comunicado emitido pelo Poder Judiciário chileno, a sentença, uma das maiores da história do país envolvendo violação de direitos humanos, foi expedida pelo crime de sequestro qualificado.

Os condenados eram oficiais da Direção de Inteligência Nacional (Dina), órgão de repressão da ditadura de Pinochet criado em 1973 com o objetivo de perseguir, prender e assassinar opositores do regime.

As penas vão de 3 a 20 anos de prisão.

Economia

Entre os condenados está o brigadeiro do Exército Miguel Krassnoff Martchenko que, com essa sentença, soma 700 anos de prisão por violações de direitos humanos.

As investigações determinaram que todas as vítimas foram detidas para ser interrogadas e torturadas em razão da sua militância política, para que dessem informações sobre as atividades do partido e, especialmente para que identificassem outros membros na clandestinidade.

De acordo com números oficiais, cerca de 3.200 chilenos foram mortos por agentes do Estado na ditadura de Augusto Pinochet. Cerca de 1.200 ainda constam como desaparecidos.

As informações são do Brasil de Fato.