Uma tradicional escola católica de Belo Horizonte (MG), o Colégio Santo Agostinho, está respondendo a um processo na Justiça por causa de supostas aulas que falavam sobre a chamada “ideologia de gênero” a alunos das 3ª e 6ª.
É um reflexo na prática de como a o projeto “Escola sem Partido” pode causar estragos mesmo antes de ser aprovado.
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O Ministério Público pede na ação que a escola devolva os valores referentes às matriculas e mensalidades de 2017 para pais de alunos das 3ª a 6ª séries de várias unidade.
“Considerando a situação de risco a que foram expostos no âmbito das referidas escolas, nas aulas a eles ministradas”, diz o MP na ação.
A ação foi movida pela Procuradoria da Infância e da Adolescência mas está sendo questionada por outra procuradoria, a de Educação. Agora, a possibilidade de cancelamento da ação está aos cuidados da Procuradoria-geral do Estado de Minas Gerais.
O caso teve início no ano passado, quando 84 responsáveis por alunos enviaram uma notificação extrajudicial à sociedade mantenedora da Escola.
O texto exigia da escola parar de ministrar em sala de aula conteúdos relacionados a temas como gênero e sexualidade. O grupo fez também uma representação no Ministério Público contra a instituição alegando o mesmo tema.
Por meio de nota, o Santo Agostinho informou que não contempla em seu projeto pedagógico, a ideologia de gênero.
“A ação judicial contém alegações absurdas, desconectadas da realidade e sem correspondência com a verdade. O Colégio Santo Agostinho já está tomando as medidas judiciais cabíveis, seja para nos defender contra as falsas alegações a nós atribuídas, seja para responsabilizar as pessoas e os agentes que estão divulgando essas mentiras”, divulgou a Instituição.
Com informações de Agências.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.