Nas vésperas de soltar Lula, STF é alvo de sevícias de militares

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão sendo seviciados por militares da ativa e reformados acerca da soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Primeiro foi o comandante do Exército, general Villas Boas, que se vangloriou pela atuação contra a concessão de habeas corpus do STF em favor da liberdade do petista em abril. Na época, por 6 votos a 5, a corte manteve Lula preso.

Agora é a vez do vice-presidente eleito, general Mourão, voltar ao tema afirmando que se o habeas corpus fosse respeitado seria um ato unilateral do STF. “Haveria uma revolta no conjunto da nação”, disse. “Mas a decisão teria que ser aceita”, recuou.

Lula é mantido preso político há 221 dias na Polícia Federal de Curitiba. Ele cumpre pena antecipada de uma pena cuja função era tirá-lo da disputa presidencial. O ex-presidente poderia recorrer a tribunais superiores em liberdade, segundo a Constituição.

A polêmica volta nas vésperas da Segunda Turma do STF examinar novo pedido de habeas corpus para Lula.

Economia

A questão é: o Supremo continuará a ser um joguete ora nas mãos da mídia, ora nas mãos dos militares ou tudo não passa de ‘jogo de cena’ do consórcio jurídico-midiático-militar?