Movimento ‘escola sem partido’ perdeu o eixo e vai redefinir estratégia


Em debate acirrado na Câmara dos Deputados, o projeto autodenominado ‘Escola Sem Partido’, de viés censurador e antidemocrático, perdeu o eixo no seu combate contra a diversidade e a liberdade de ensino nas escolas públicas do país.

Nesta quarta-feira (21), uma nova rodada de discussão está prevista na comissão parlamentar que examina o assunto. Ativistas e sites de direita, nos últimos dias, defenderam uma nova estratégia para a continuidade do movimento, que, segundo eles, deveria focar na luta política e cultural no ambiente escolar e não na apresentação de um Projeto de Lei (PL7180/14) no parlamento.

Porta-vozes da direita anunciaram que estão retirando o apoio político ao movimento, figuras como Olavo Carvalho, uma espécie de Dercy Gonçalves com discurso anticomunista, e Leandro Narloch, articulista da Folha de São Paulo, defenderam uma nova estratégia para o movimento.

“Esquerda precisa dar resposta consistente ao Escola sem Partido. É necessário reconhecer viés ideológico nas escolas e ter compromisso com a diversidade”, escreveu Narloch na Folha de São Paulo.

Ou seja, a turma da Escola Sem Partido perdeu o eixo, mas não arriou as bandeiras. Agora, aposta tudo na indicação do novo ministro da Educação do governo Bolsonaro, que provavelmente será um aliado da tese reacionária.

Nesse caso, vale para os defensores da escola pública, democrática e laica, o velho axioma: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. E acrescentamos, por conta, e a permanente mobilização…

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