Lula levanta suspeição sobre juíza que o interrogará nesta quarta

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do PT, aponta a suspeição sobre a juíza Gabriela Hardt — amiga e substituta do juiz-ministro Sérgio Moro — que o interrogará nesta quarta (14) acerca do sítio de Atibaia (SP).

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Moro é considerado inimigo político e ideológico de Lula, haja vista que o magistrado fora sondado para ser ministro da Justiça ainda no primeiro turno.

O magistrado garantiu a prisão do petista para tirá-lo da disputa presidencial e garantir a eleição de Jair Bolsonaro (PSL).

Para ilustrar a situação kafkaniana, o PT conta uma historia sobre uma hipotética colisão de veículos que termina na justiça. Segundo a narrativa, o causador do dano é amigo do juiz. Ou seja, a “oitiva” de amanhã seria mais uma armação do juiz-ministro. Uma completa maracutaia, afirma o partido.

“Imagina que você se envolveu em uma colisão de veículos. Todos os ocupantes passam bem, mas sobreveio um dano ao seu carro. O outro condutor se negou a ressarcir o dano que causou e a disputa vai para Justiça. Na audiência, você descobre que o juiz do caso é amigo da outra parte. Você acha justo que ele julgue o seu processo?”, perguntam os petista.

Economia

O art. 254 do Código de Processo Penal prevê um rol das suspeições do juiz, dentre os quais se destacam: I – se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; e IV – se tiver aconselhado qualquer das partes.

Nesta terça (13), da tribuna do Senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR) explicou que Moro não pediu exoneração de juiz para que a ação penal contra Lula não fosse redistribuída. Com isso, afirmou a dirigente, o processo ficou nas mãos da juíza substituta e amiga do ministro da Justiça — “uma cargo político”, frisou a senadora.

Se Moro tivesse pedido exoneração [ele só entrou em férias, embora já atue politicamente como futuro ministro da Justiça], obrigatoriamente, a ação penal seria redistribuída entre todos os juízes federais sob a jurisdição do TRF4.

A defesa de Lula insiste que o ex-presidente é inocente e é preso político há 221 dias na Polícia Federal de Curitiba. Também sustenta que o petista não é dono do sítio de Atibaia.

“Mas para que eles mostrariam provas, se eles têm convicção?”, dispara Gleisi.

Veja o que disse Gleisi Hoffmann: