Caiu a ficha da CNI: As indústrias vão sofrer com Bolsonaro

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) percebeu nesta semana que não foi um “bom negócio” apoiar Jair Bolsonaro (PSL). A anexação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) pelo superministério da Economia desagradou o setor.

O superministro da Economia, que será o “posto Ipiranga” Paulo Guedes, já começou dando patadas nos empresários: “Vamos salvar a indústria brasileira, apesar dos industriais brasileiros”.

Guedes acusou os industriais de fazerem do Mdic uma “trincheira” que favorece alguns setores e prejudica o país.

“Estão lá com arame farpado, lama, buraco, defendendo às vezes protecionismo, subsídio, desonerações setoriais, que prejudicam a indústria brasileira”, disparou Guedes, visto, segundo a Folha de S.Paulo, como “descortês” nas rodas informais da indústria.

Em nota, o presidente da CNI, Robson Andrade, afirmou que a indústria não pode ficar atrelada a um ministério que está mais preocupado em arrecadar impostos e administrar contas públicas.

O empresário lembrou que é necessário um ministério específico para um setor que “é responsável por 21% do PIB nacional e pelo recolhimento de 32% dos impostos federais”.

Economia

A nota ressaltou que a indústria gera cerca de 10 milhões de empregos no país e é responsável por 51% das exportações nacionais.

A CNI já havia feito críticas durante a campanha eleitoral à proposta de abertura comercial do “coiso”.

“O Brasil vive uma situação muito delicada do ponto de vista econômico para correr o risco de apostar em soluções aventureiras em detrimento da renda e do emprego de milhares de pessoas”, alertou.

Marcelo Toledo, secretário de Formação da Federação dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil afirmou que Bolsonaro foi um engodo para perspectiva da indústria nacional.

“Essa proposta de fazer economia fundindo ministérios é na verdade esconder que ele não tem política para o desenvolvimento da indústria nacional. É clara a posição a serviço dos Estados Unidos e contra política industrial nacional”, declarou ao Portal Vermelho.

Com informações do Vermelho