O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) defende a criação de campo de concentração para imigrantes venezuelanos, a exemplo da Alemanha nazista na 2ª Guerra Mundial.
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A pretexto de ajuda humanitária, a ideia do ex-militar é concentrar os estrangeiros que já estão no país e endurecer a proteção na fonteira para barrar novos imigrantes venezuelanos.
Estima-se em 30 mil os venezuelanos que vieram ao Brasil para fugir da crise econômica no país caribenho. A título de comparação com a população brasileira, cerca de 208 milhões de habitantes, é quase nada.
A principal porta de entrada de venezuelanos é o estado de Roraima, no Norte do país.
Os campos de concentração são uma armadilha para os venezuelanos porque eles serão utilizados como peça de propaganda contra o governo de Nicolás Maduro, e, por óbvio, a situação dessas pessoas serão agravadas do ponto de vista material no Brasil.
A desumanidade de Bolsonaro consiste na instituição de campo de concentração ao invés de distribuir os venezuelanos, como vem fazendo Michel Temer, para o mercado de trabalho em diversos centros urbanos.
Para enganar a torcida, Jair Bolsonaro finge que os imigrantes venezuelanos terão status de “dissidentes políticos” do suposto regime ditatorial de Maduro. Para disfarçar a real intenção, o presidente eleito chama o diabólico plano de “criação de campos de refugiados”.
Segundo a Agência da ONU para Regufiados, ACNUR/Brasil, refugiados são pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados.
Mas campo de concentração não dá, né Bozo?
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.