Uma prévia da ditadura às vésperas do 2º turno

Fiscais de tribunais eleitorais, policiais federais e militares estão invadindo universidades por todo o país. Eles seguem ordens de juízes eleitorais ou simplesmente atendem a solicitação de membros da comunidade. Os agentes públicos vão intimidar os estudante e professores, proibir reuniões e apreender materiais.

Segundo o Portal Brasil de fato, policiais federais armados invadiram nesta quinta-feira (25) a Associação Docente da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG) com um mandado de busca e apreensão, assinado pelo juiz eleitoral Horácio Ferreira de Melo Junior.

Os policiais recolheram o “Manifesto em Defesa da Democracia e da Universidade Pública”, assinado pela entidade sindical e aprovado pela categoria em Assembleia. Eles também levaram o HD do computador da assessoria de imprensa do sindicato.

Também na Paraíba, homens, que se apresentaram como membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), estiveram na quarta-feira (24) na Universidade Estadual da Paraíba para interrogar uma professora.

Na terça-feira (23), policiais invadiram a Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, para remover uma bandeira antifascista, que não continha qualquer menção à nenhum dos candidatos.

A Universidade Federal de São João Del Rei (MG) recebeu também nesta quarta-feira um Mandado de Notificação que ordena a retirada do ar da Nota da Universidade Federal de São João del-Rei a favor dos princípios democráticos e contra a violência nas eleições. A nota foi assinada pela Reitoria da instituição.

Economia

O professor Mário Brasil teve sua aula invadida pela Polícia Militar enquanto dava uma aula sobre fake news, na disciplina de Mídias Sociais, do curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Pará (UEPA).

Já no Mato Grosso do Sul, o juiz Rubens Witzel Filho emitiu, um mandado de notificação para a Universidade da Grande Dourados proibindo a realização da aula pública “Esmagar o fascismo”.

Para Eleonora Menicucci, socióloga e professora titular de saúde coletiva da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a situação é de preocupação e apreensão, dado que esses ataques representam um duro golpe contra a autonomia universitária.

Ou seja, as universidades que são espaços de livre pensamento estão sendo atacadas e cerceadas em sua função. Isso é uma prévia do que vamos enfrentar caso o candidato da estrema direita vença as eleições.

Com informações do Brasil de Fato.